Num dia qualquer, pelas ruas cinzentas, uma casa de muro de tijolinhos, e uma mentira, mentirinha, daquelas que o povo diz não fazer mal algum, mentirinha do bem, mas nesse dia de chuva fina, acabou desmoronando todo o alicerce.
Pela janela embaçada, eu via todos os cacos voarem pelos ares como palavras mal ditas, como lágrimas reprimidas, um coração bondoso tomado por um rompante de raiva sem fim, e o outro coração confuso pois havia para ele, um motivo maior.
Em meu caminho, pensei o quão pequeno era aquilo e a odisseia que se tornou.
O Ser Humano ainda não entendeu a simplicidade da vida, a objetividade dos fatos, é isso mesmo, a batida frase, "é melhor uma verdade dolorosa, que uma mentira útil", porque em algum momento a utilidade se transforma em lágrimas e sentimentos quebrados.