Algumas noites, ela sentia o peso do mundo sobre ela, então caminhava até sua varanda.
Aquele vento fresco de outono, o cheiro da relva vindo do jardim tomavam conta de sua mente. Olhava para o céu, e via aqueles pequenos pedaços de poesias brilhantes, que os anjos enviavam, para lembrá-la que a vida é muito mais que um dia inundado de lágrimas.
Uma certa escuridão é sempre necessária, para se enxergar as estrelas.
E é quando a escuridão se intensifica mais, que conseguimos enxergar o brilho mais penetrante.
Todo novo dia, um recomeço, uma escolha, um presente dos anjos.
A brisa sopra mais uma vez, seu coração se enche de fé.
Ela já ouviu que "alguns infinitos são maiores que outros", e que cada átomo de seu corpo, um dia foi uma estrela. Mas ela tinha todo universo no olhar, e sentia com uma intensidade "mil milhões" de vezes maior que as pessoas levianas daquela terra.
As estrelas desceram dos céus para avisar que ela não estava sozinha, que existe um mundo inteiro dentro de cada um, e quando pelo caminho, ela encontrasse uma alma com a mesma luz que a sua, ambas se apaixonariam uma pela paz que a outra traz.
Mantenha os pés na terra, disseram, mas os olhos sempre nas estrelas. E assim partiram mais uma vez.
(Bárbara Mardakis)
Nenhum comentário:
Postar um comentário