quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Reflexões ao vento

 


Por que? Por que parei de me mover? Por que, de repente, fiquei estática? Será mesmo que eu estou exatamente onde eu deveria estar, ou será que estou me demorando demasiada onde estou? Onde estão os comichões, por que eu os abafei e como consegui tal feito? Qual lição tinha a ser aprendida em tão longa parada? Em que momento limitei meus sonhos a uma fronteira de pouquíssimos quilômetros quadrados? 

A cabeça gira noite a dentro, o sono não vem, as perguntas ecoando, e nada de respostas....

Em que momento me tornei uma pessoa que diz e não faz? Afinal, já dizia o sábio "errado é aquele que fala correto e não vive o que diz", e eu aqui só dizendo, sentenças vazias, palavras que não fazem o menor sentido. Quando foi que eu decidi me diminuir, invés de voar?

Um voz fraca vem lá do escuro profundo:

- Use suas asas! Você tem alma de pipa avoada e sorriso a flor da pele. Tá esperando o que? A menina que ama como se nunca fosse chorar ainda dorme aí! Acorde-a! Acorde!

E continuou:

- Ventania e liberdade, você é pura intensidade. E você sabe que vieram te lembrar disso, e sabe quando foi, né?! Vai, ice suas velas! Afinal, nunca soubemos se o vento que te leva ou é você que leva o vento!

Então soprei, suspirei e adormeci em rotas inexploradas em busca da destemida garota dona dos pêssegos.

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